10 erros financeiros fatais que 70% dos MEIs cometem (e como evitar)

16 de novembro de 2025
8 minutos
Naicon Martins
Descubra os 10 erros financeiros que levam 30% dos MEIs ao fechamento em 5 anos e aprenda como evitá-los.
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Você sabia que 30% dos MEIs fecham as portas nos primeiros 5 anos de operação? E que 77% dos microempreendedores nunca receberam qualquer treinamento em gestão financeira? Esses números não são apenas estatísticas – eles representam sonhos interrompidos e negócios que poderiam ter dado certo com a orientação adequada.

A boa notícia é que a maioria desses problemas pode ser evitada. Identificamos os 10 erros financeiros mais comuns que afundam os MEIs brasileiros – e, mais importante, mostramos exatamente como corrigi-los. Vamos lá?

1. Misturar contas pessoais e empresariais

Este é o erro número 1, cometido por impressionantes 60% dos MEIs brasileiros, segundo pesquisa recente. Quando você usa o mesmo dinheiro para pagar a conta de luz de casa e comprar mercadoria para a loja, perde completamente o controle do que entra e sai do negócio.

O resultado? Você acha que está lucrando quando na verdade está no prejuízo. Ou pior: usa o dinheiro que seria para pagar o DAS achando que é “sobra” do mês.

Como evitar: Abra uma conta PJ separada – bancos digitais como PagBank, Inter e Nubank oferecem contas gratuitas para MEI. Se não puder abrir agora, use pelo menos uma conta física diferente exclusivamente para o negócio. E defina um valor fixo mensal como seu “salário” (pró-labore) para retirar do negócio, em vez de pegar dinheiro aleatoriamente.

2. Não pagar o DAS em dia (ou não pagar)

Em 2024, 41,2% dos MEIs estavam inadimplentes com o DAS – são cerca de 6 milhões de microempreendedores com dívidas acumuladas. Muitos pensam “é só R$75-80, posso pagar depois”, mas essas dívidas crescem como bola de neve.

As consequências são graves: seu CNPJ pode ser suspenso, você perde o direito à aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade e outras proteções do INSS. Em 2024, 200 mil MEIs tiveram CNPJ suspenso por irregularidades com o DAS.

Como evitar: Configure o débito automático do DAS pelo Portal do Simples Nacional. Ou use o app MEI (da Receita Federal) para gerar o boleto do DAS com QR Code Pix. Coloque lembretes no celular para todo dia 15 de cada mês. Trate o DAS como prioridade absoluta, antes mesmo de comprar mercadoria nova.

3. Não fazer controle de fluxo de caixa

Se você não anota o que entra e sai do negócio diariamente, está pilotando no escuro. É impossível saber se você está tendo lucro real ou apenas a ilusão de movimento financeiro.

O SEBRAE aponta que a falta de controle de caixa é uma das principais causas de fechamento de empresas. Você precisa saber exatamente quanto tem disponível, quanto vai receber e quanto vai gastar nos próximos meses.

Como evitar: Use uma planilha simples – o SEBRAE oferece templates gratuitos de fluxo de caixa no portal deles. Anote TUDO: cada venda, cada compra, cada despesa. Faça isso diariamente, não deixe acumular. Reserve 15 minutos todo dia para atualizar seus registros. Em poucos meses, você verá padrões claros de entrada e saída de dinheiro.

4. Calcular preços errados dos produtos/serviços

Aqui está um cenário comum: você faz o melhor cachorro-quente da cidade, trabalha 12 horas por dia, sempre tem fila de clientes… mas no fim do mês está sempre quebrado. Por quê?

Porque você está cobrando apenas pelos ingredientes diretos, esquecendo do gás, da embalagem, do transporte, do DAS, do aluguel do ponto e do seu próprio trabalho. 50% dos MEIs não calculam o lucro pretendido nos produtos, segundo estudos do SEBRAE.

Como evitar: Some TODOS os custos (ingredientes + embalagem + gás + aluguel proporcional + DAS proporcional + seu salário desejado). Divida pelo número de unidades que você vende. Esse é seu custo real. Agora adicione a margem de lucro desejada (geralmente 30-50%). Pesquise os preços dos concorrentes, mas não copie cegamente – eles podem estar errando também.

5. Não ter reserva de emergência (capital de giro)

79% dos MEIs têm dificuldade em manter reserva financeira, mas essa é justamente a proteção que impede seu negócio de quebrar no primeiro mês mais fraco ou quando um cliente atrasa o pagamento.

Sem capital de giro, qualquer imprevisto vira crise. Um equipamento quebra, as vendas caem em janeiro, um fornecedor aumenta o preço – e você não tem como absorver o impacto.

Como evitar: Defina como meta ter 3 a 6 meses de despesas fixas guardadas. Parece muito, mas você constrói aos poucos: reserve 10-15% do lucro mensal em uma conta separada. Não mexa nesse dinheiro para crescimento ou compras pessoais. É seu colchão de segurança, só para emergências operacionais.

6. Não controlar o limite de faturamento anual

O limite do MEI é R$81 mil por ano (média de R$6.750/mês em 2025). Ultrapassar esse valor sem planejar a transição para Microempresa resulta em multas, pagamento retroativo de impostos e dor de cabeça.

Em 2024, 570 mil MEIs foram desenquadrados por exceder o limite – um número 30 vezes maior que em períodos anteriores. Muitos nem sabiam que haviam ultrapassado porque não faziam controle adequado.

Como evitar: Mantenha uma planilha simples com a soma mensal do seu faturamento. Emita nota fiscal mesmo quando não é obrigatório (para clientes pessoa física), assim você tem registro preciso. Se estiver se aproximando do limite, não tenha medo – planeje com antecedência a migração para ME com ajuda de um contador. Crescimento é bom, só precisa ser planejado.

7. Não fazer previsão de gastos mensais

48% dos MEIs não fazem previsão de gastos futuros. Eles sabem o que gastaram ontem, mas não o que vão precisar gastar amanhã. Resultado: surpresas desagradáveis aparecem todo mês.

Você se esquece que em março vence a renovação da licença, que em junho precisa comprar estoque maior para a alta temporada, que em dezembro tem 13º do funcionário. Cada “esquecimento” vira uma crise financeira.

Como evitar: Faça uma lista de TODAS as despesas do ano: mensais (aluguel, internet, DAS), trimestrais, semestrais e anuais. Divida as despesas grandes em 12 parcelas mentais e guarde esse valor mensalmente. Use um calendário financeiro – até o Google Calendar serve – marcando todas as datas de pagamento.

8. Declarar receita errada na DASN-SIMEI

Em 2024, 500 mil MEIs foram notificados por inconsistências, sendo 60% relacionados a erros na declaração de receita. Alguns declaram menos do que ganharam (sonegação, mesmo que involuntária), outros confundem receita bruta com lucro.

A Receita Federal cruza seus dados bancários, suas notas fiscais emitidas e sua declaração anual. As inconsistências aparecem e geram multas, juros e até processo por sonegação fiscal.

Como evitar: Anote sua receita mensal no Relatório Mensal de Receitas (pode ser um caderno simples). Na hora de fazer a DASN-SIMEI (até 31 de maio todo ano), some exatamente o que você faturou – não o que lucrou. Receita bruta = tudo que você recebeu pelos produtos/serviços, sem descontar despesas.

9. Não separar impostos quando recebe o dinheiro

Você faz uma venda de R$1.000 e pensa: “Ótimo, tenho R$1.000 para gastar!”. Mas esquece que R$75-80 são do DAS do mês, R$300 são do custo do produto, R$100 são de despesas fixas. Na verdade, você tem R$520 de lucro, não R$1.000.

Essa confusão é especialmente perigosa para quem vende muito mas tem margem apertada. No fim do mês, o dinheiro sumiu e você não sabe para onde foi.

Como evitar: Quando receber um pagamento, já separe mentalmente (ou fisicamente) as porcentagens: quanto é custo, quanto é DAS, quanto é despesa fixa, quanto é lucro. Uma boa prática é ter três “caixinhas” mentais: 1) Reinvestimento no negócio, 2) Impostos e despesas fixas, 3) Lucro/seu salário. Respeite essas divisões religiosamente.

10. Não buscar conhecimento e apoio profissional

Lembra da estatística do início? 77% dos MEIs nunca fizeram nenhum treinamento em gestão financeira. É como tentar dirigir sem nunca ter feito autoescola – você até consegue dar umas voltas, mas o acidente é questão de tempo.

Muitos empreendedores têm vergonha de admitir que não sabem fazer uma planilha de fluxo de caixa ou calcular preço de venda. Resultado: vão empurrando com a barriga até quebrar.

Como evitar: O SEBRAE oferece cursos gratuitos online de gestão financeira, precificação, fluxo de caixa e muito mais. São algumas horas que podem salvar seu negócio. Participe de grupos de empreendedores no WhatsApp ou Facebook da sua área. E considere usar ferramentas que simplifiquem essa gestão – você não precisa ser um expert em finanças se tiver as ferramentas certas ao seu lado.

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